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segunda-feira, 19 de maio de 2014

SÃO DESIDÉRIO: EXPOSIÇÃO DE ARTES E APRESENTAÇÃO TEATRAL MARCAM O DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL.




O Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado no dia 18 de maio, foi comemorado em São Desidério, na Biblioteca Municipal Dom Ricardo Weberberger nesta sexta-feira, 16 com uma programação especial. A equipe do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, realizou durante todo o dia, uma exposição de artes produzidas pelos usuários, direcionada à comunidade e estudantes. O objetivo é dar visibilidade e debater a luta antimanicomial, estimulando a consciência social. O evento contou também com uma encenação do grupo teatral, Os Takinus, que abordou a temática.



A luta Antimanicomial configura um processo de transformação dos serviços psiquiátricos derivados de uma série de eventos políticos nacionais e internacionais. O movimento busca reforçar que nenhum indivíduo deve ser submetido ao isolamento ou ao abandono, maus tratos, negação e violação dos direitos humanos.

Segundo a coordenadora interina do CAPS de São Desidério, Josefina Soares, a luta e o alerta são realizados para combater o preconceito, que dificulta a reinserção dos pacientes no mercado de trabalho e na sociedade. “É gratificante para nós vermos os avanços que alcançamos, temos exemplo de usuários que chegaram à unidade com transtornos graves e graças ao acompanhamento da equipe, composta por psicóloga, psiquiatra, enfermeiros, técnicos em enfermagem, monitores de artes e terapeuta ocupacional, o quadro mudou, hoje eles são mais calmos. Eventos como este além de servir para conscientizar a sociedade, ajudam os usuários na interação com a sociedade e faz com que eles se sintam úteis", destacou.

 A estudante do 7º ano, Emanuelly Maira Silva, 14 anos, aprovou a iniciativa e disse que a mensagem foi compreendida. “Aprendi aqui que as pessoas que têm problemas mentais, são normais como qualquer um, eles devem viver livres, junto com toda a sociedade, eles não são diferentes, por isso não precisam viver trancafiados em manicômios, é necessário o apoio, amor e paciência da família", comentou.

CAPS I foi inaugurado em 2011 e acolhe pacientes com transtornos mentais e estimula sua integração social e familiar. Conta com uma demanda de 1.100 (mil e cem) pacientes cadastrados, que recebem atendimentos médicos e ambulatorial, psiquiátricos, psicológicos e de enfermagem, além de trabalhos em grupos e oficinas terapêuticas, a exemplo do artesanato e pintura.

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